O desmatamento no Brasil acontece principalmente pela expansão da fronteira agrícola no país, mas existem outras causas que contribuem para a devastação das matas, como a construção de estradas, hidrelétricas e a prática de mineração.
De acordo com o relatório Contas Econômicas Ambientais da Terra: Contabilidade Física, a área agrícola apresentou um crescimento de 50,1% durante as duas décadas avaliadas pelo monitoramento – entre 2000 e 2020. Durante esse período o Brasil perdeu 513 mil km² de área, o equivalente a 6% do território nacional.
Esse processo tem um impacto significativo na emissão de carbono e contribui significativamente para as mudanças climáticas.
O Brasil enfrenta desafios únicos no que diz respeito às emissões de GEE, com aproximadamente 49% delas provenientes do desmatamento, o que representa um obstáculo significativo para a redução das emissões e torna ainda mais crucial a implementação de mecanismos eficazes de controle e mitigação.
Algumas das principais consequências são:
Liberação de carbono armazenado
As árvores armazenam grandes quantidades de carbono em sua biomassa e no solo das florestas. Quando as árvores são derrubadas ou queimadas, o carbono armazenado é liberado na atmosfera na forma de dióxido de carbono (CO2). Esse processo de liberação de carbono contribui para o aumento das concentrações atmosféricas de CO2, um dos principais gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global.
Redução da capacidade de absorção de carbono
Além de liberar carbono armazenado, o desmatamento reduz a capacidade das florestas de absorver CO2 da atmosfera através da fotossíntese. Com menos árvores, há menos vegetação para absorver o dióxido de carbono atmosférico, o que contribui para o aumento das concentrações desse gás na atmosfera.
Alteração dos ciclos de carbono
As florestas desempenham um papel crucial no ciclo global do carbono, que regula a distribuição e o armazenamento de carbono na atmosfera, biosfera, oceanos e solos. O desmatamento interrompe esses ciclos, alterando os fluxos naturais de carbono e contribuindo para aumentos nas concentrações de CO2 atmosférico.
Para combater as emissões de carbono, é preciso combater o desmatamento, principalmente a extração ilegal de madeira. Cerca de 95% do desmatamento na Amazônia e 80% no Cerrado são ilegais e criminosos, de acordo com o Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
O Brasil estabeleceu uma meta de alcançar o desmatamento zero até 2030, um compromisso reiterado pela ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva. E para alcançá-la é preciso conter o crime organizado, com apoio dos governos dos estados e do agronegócio. A ministra também cita outras medidas, entre elas, a demarcação dos territórios indígenas.
Reflorestamento e preservação
Outra ação significativa é direcionar recursos para o reflorestamento. Na medida em que uma floresta secundária cresce, as árvores absorvem o CO2 da atmosfera e o convertem em biomassa, armazenando-o em sua estrutura e no solo. Isso não apenas ajuda a reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, mas também contribui para o sequestro de carbono, ajudando a mitigar os impactos das emissões.
A Amazônia desempenha um papel crucial na regulação do clima regional e global. A umidade liberada pelas árvores contribui para a formação de chuvas, influenciando padrões climáticos em uma escala continental. A necessidade urgente de proteger e preservar esse ecossistema é crucial para o equilíbrio climático do planeta.
Além disso, o reflorestamento na Amazônia tem benefícios adicionais. A região é conhecida por sua biodiversidade excepcional e o plantio de árvores ajuda a preservar e restaurar os habitats naturais de uma grande variedade de espécies vegetais e animais. A manutenção da biodiversidade também pode aumentar a resiliência dos ecossistemas às mudanças climáticas, garantindo sua capacidade de se adaptar a condições em constante transformação.
Portanto, o compromisso com o desmatamento zero e a diminuição das emissões de carbono requer não apenas medidas legislativas e regulatórias, mas também uma mudança cultural e uma abordagem colaborativa que envolva todos os setores da sociedade na proteção e preservação de nossos ecossistemas.
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FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/desmatamento-no-brasil/
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/meio-ambiente/audio/2023-08/marina-silva-brasil-mantem-meta-de-desmatamento-zero-ate-2030